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Leite: flexibilização do comércio depende de estudos

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Na sua live na segunda-feira, o governador Eduardo Leite (PSDB) respondeu ao questionamento enviado pela coluna a respeito da declaração do secretário do Ministério da Saúde, João Gabbardo dos Reis.

No sábado, Gabbardo declarou que era preciso reavaliar com especialistas se seria o caso de manter empresas fechadas em cidades pequenas, que não tenham casos da Covid-19, especialmente no Rio Grande do Sul, porque poderia ocorrer de a pandemia do coronavírus chegar junto com o inverno.

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Ontem, Leite declarou que o governo faz monitoramento constante, e qualquer decisão será embasada em questões científicas. Afirmou que ocorreu o agravamento do número de casos no Estado e no país, e lembrou que houve dificuldade na realização de testes. Por isso, pode haver subnotificações. 

- Estamos contratando a realização de testes para ampliarmos a capacidade para a elaboração deles. E estamos com a pesquisa pela UFPel que vai ser feita a partir desta semana e nos ajudar a entender a disseminação do coronavírus pelo Estado, em 4 rodadas de quase 5 mil pessoas que serão testadas, mesmo as sem sintomas. Com essas informações e as que estamos aprimorando da gestão dos dados de internações clínicas e de terapia intensiva, estamos estabelecendo novos protocolos e um sistema informatizado junto aos hospitais públicos, privados e filantrópicos. Estabeleceremos ferramenta digital e protocolo na gestão desses dados, e precisamos que todos os hospitais cumpram esses protocolos para termos informações em tempo real das internações que acontecem por todo o Estado e em todas as regiões. Com a melhor gestão de dados, internações, testes e exames é que vamos ter mais segurança para debater as regras de restrição das diversas atividades no Estado. Não significa que nós não nos baseamos em evidências científicas até aqui, só que tínhamos um nível de dados até aqui, que empunha, até o momento, pela regra da cautela médica, regras de restrição de circulação de um determinado nível. E com essa semana, aprimorando a gestão desses dados, vamos ter um novo nível de informações que vai nos permitir discutir essas restrições de forma mais apurada, mais certeira, talvez observando as regiões, o comportamento, a partir desses testes, das internações e dos exames, e até estudando alternativas, ou talvez restringindo ainda mais, se for o caso - diz Leite.
O problema é a demora para fazer isso.

500 pessoas serão testadas a partir de sexta na cidade
Dentro desse estudo que a UFPel está coordenando no Estado, haverá parte dos trabalhos aqui. Ontem, reunião entre prefeitura e UFSM definiu como serão feitas 500 entrevistas com pessoas de Santa Maria. Na quinta, haverá o treinamento de profissionais para a execução das entrevistas e testes para o "Estudo Epidemiológico/Coronavírus". 

- Esse estudo será fundamental, e o resultado será essencial para entender os níveis que o vírus atinge. Contamos com o apoio da população durante a visitação dos profissionais - afirmou o prefeito Jorge Pozzobom (PSDB).

As equipes vão percorrer as casas de todas as regiões da cidade na sexta e sábado. Uma pessoa de cada residência será sorteada para a amostra. Para saber se o morador teve contato com o coronavírus, será feito um teste bioquímico que requer uma gota de sangue, extraída da ponta de um dos dedos. Os entrevistadores estarão identificados.

- Queremos saber a prevalência de infecção do coronavírus em casos leves e assintomáticos. Lembramos que o teste é sigiloso, simples, rápido e a pessoa tem o direto de não participar. Mas é importante a adesão da população, pois os resultados irão ajudar muito - destacou a professora Marinel Mór Dallagnol. (Com informações da prefeitura)

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